Os trilhos são como os chapéus – há muitos. Para os percorrerem sem meter o pé na argola é importante perceberem qual é o caminho certo a seguir, por isso é melhor conhecerem a sinalética mais importante que podem encontrar.
Para além das Grandes Rotas Transeuropeias, como a GR11 – E9 (Caminho do Atlântico), os Percursos Pedestres nacionais podem dividir-se em:
GR – Grande Rota: com mais de 30 km e com sinalização branca e vermelha
PR – Pequena Rota: até 30 km, registada por concelho e com sinalização amarela e vermelha
PL – Percurso Local: sinalização verde e branca









É possível quem encontrem cores misturadas. Por exemplo, um sinal com 3 riscas branca, amarela e vermelha significa que parte da Pequena Rota está a utilizar o percurso da Grande Rota. Também é comum encontrarem informação no início de cada percurso sobre a área em questão, como parques naturais ou paisagens protegidas. Aqui é super importante terem atenção às recomendações do código de conduta, de forma a evitarem interferir com a cadeia natural.
Para além desta sinalética, as mariolas ou moledos podem também ajudar. Estes conjuntos de três ou mais pedras empilhadas, mundialmente conhecidos por equilibrarem a alma, também são marcos não oficiais que indicam o caminho a seguir, complementando as rotas que sofrem de sinalização insuficiente.
Atenção, nem tudo se resume à sinalética. Para evitarem surpresas desagradáveis durante um trilho, convém que de antemão saibam minimamente o que vos espera. Não deixem de fazer uma boa pesquisa prévia do percurso. Podem consultar a documentação oficial nos postos de turismo da zona, as páginas das Câmaras Municipais na Internet – afinal são as autarquias que gerem a maior parte dos percursos pedestres -, ou páginas feitas por quem se preocupa em demonstrar como é bom caminhar pelo nosso Portugal como a Wikiloc, o Caminhadas ou a Passo a Passo – Percursos Pedestres de A a Z. As últimas são ideais para perceberem o tipo de percurso que é (linear ou circular), as distâncias, a duração média e o nível de dificuldade (altitude, total de subidas e descidas ou inclinação).
Agora que já sabem a teoria, aqui ficam algumas sugestões de percursos pedestres no distrito de Coimbra: Caminhos do Xisto, Condeixa-a-Nova – Rotas das Terras de Sicó, Figueira da Foz, Lousã, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova.
Por último, confirmem a meteorologia. Vistam e calcem coisas confortáveis, ponham água e alguns snacks na mochila e estão prontos para caminhar por este país fora. Não se esqueçam que da natureza nada se tira além de fotos, nada se deixa além de pegadas e nada se leva além de lembranças (Rodrigo Milla). Se tratarmos a Natureza como a nossa casa, ela efectivamente o será.
Boas caminhadas.
Texto e fotos: Inês Teixeira