Quando vamos à praia é costume encontrar um ouriço do mar, uma lapa, um cavalo marinho ou até um ovo de tubarão… mas ultimamente, tem aparecido uma espécie muito estranha que não devia estar ali. O que será? como é que foi ali parar? Através de coleções criadas à beira mar, vamos investigar estas espécies e criar seres extravagantes.
Infelizmente, a gravidade da poluição de plásticos nos mares e oceanos é ainda relativamente desconhecida pela maioria; felizmente, há cada vez mais iniciativas (como a exposição de fotografia Microplásticos nos nossos rios, mares e oceanos) que alertam para o tema. A nossa sugestão, virada para os mais novos, consiste numa viagem de 2h, orientada pela bióloga marinha Ana Pêgo, de exploração de lixo encontrado em praias – e que promete ser fascinante.
Mas como assim: brincar com lixo apanhado no mar? Sim. Foi assim que tudo começou:
Desde há vários anos que a Ana colecciona coisas que encontra nos areais, mas foi em 2014 que, em conjunto com o fotógrafo de natureza Luís Quinta, desenvolveu a escultura Balaena Plasticus: um esqueleto de baleia-de-barbas, feito com 250 peças de plástico branco recolhido na orla costeira de Almada e Cascais. Esta imponente instalação, feita de garrafões de lixívia, embalagens de iogurte e esferovite, entre outros materiais, foi exposta em diversas exposições e foi premiada no maior evento nacional de sustentabilidade, o Greenfest.
A aliança entre a ciência e a arte resulta porque o conhecimento científico torna-se muito mais apelativo quando abordado de forma lúdica. (Ana Pêgo)
Apercebendo-se da falta de informação acerca da questão do lixo marinho, a bióloga sentiu necessidade de criar um espaço que se dedicasse especificamente a este problema. Arregaçou as mangas: inventou um nome científico para o plástico que tem invadido os mares e áreas costeiras em todo o mundo e criou a página de facebook Plasticus maritimus.
O projecto Plasticus maritimus é um inventário de lixo recolhido por Ana, nas praias de Cascais – um conjunto de peças artísticas de variados tamanhos, formas e cores que utiliza como ferramentas educativas em ateliers para crianças, escolas e famílias na Fundação Calouste Gulbenkian e quando visita escolas em Cascais.
Boas notícias: a Ana vai estar em Coimbra no Sábado, dia 14, para guiar um pequeno grupo de exploradores destemidos pelas profundezas do mar de plástico que encontrou e que é o ponto de partida para histórias incríveis. Não percam!
14 Abril | 14h-16h | Oficina Plasticus Maritimus
Livraria do Convento – Convento de S. Francisco, Coimbra
Para crianças dos 6 aos 10 anos acompanhadas de um adulto
Bilhetes: 5€ (criança + adultos) – A inscrição só é considerada válida após envio do comprovativo de pagamento para shop@bruaa.pt indicando o nome do participante e a oficina em que se inscreveu. O pagamento desta oficina deverá ser efectuado até 3 dias antes do seu início, através de uma transferência para o IBAN PT50 0035 0321 00699885530 42 ou na livraria do Convento São Francisco.
Contactos: 239 857 190